“Proteger a infância é potencializar o futuro. Chega junto para acabar com o trabalho infantil”. Este foi o slogan do Dia de Combate ao Trabalho Infantil, campanha mundial que mobiliza entidades, governos e sociedades no dia 12 de junho.
No Brasil, essa data foi instituída nacionalmente pela Lei 11.542/2006, com o intuito de fomentar as
mobilizações sobre essa temática. O objetivo é promover a conscientização sobre a importância de
se reforçar o combate a esse problema no país e no mundo. Estima-se que uma em cada 10 crianças e adolescentes ao redor do mundo se encontravam em situação de trabalho infantil em 2020, segundo dados do relatório “Estimativas Globais do Trabalho infantil”.
O relatório, elaborado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Organização das Nações Unidas para a Infância (Unicef), estimou em 160 milhões o número de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos vítimas de trabalho infantil no mundo.
Vítimas porque “priva crianças e adolescentes de uma infância normal, impedindo-os(as) não só de frequentar a escola e estudar normalmente, mas também de desenvolver de maneira saudável todas as suas capacidades e habilidades”, nas definições da OIT e do Unicef.
E foi pensando nessa problemática mundial que durante a semana do dia 12 de Junho o Projeto Crescer realizou várias atividades de reflexão sobre o tema. Uma delas foi a Oficina Movimento, cujo objetivo foi construir o catavento de cinco pontas, símbolo contra o trabalho infantil.
“As cinco pontas representam os continentes e as cores simbolizam a diversidade racial. É usado também para dar ideia de movimento e de união das forças na luta contra a exploração da mão de obra infantil”, explica Rosimeire Cunha, assistente social do Projeto Crescer.
Dando sequência às atividades, foi realizada também a “Roda de Conversa Interativa”. Por meio da brincadeira infantil batata-quente, as crianças e adolescentes identificaram, refletiram e discutiram sobre direitos e deveres pela Legislação (ECA), combinados de convivência familiar (tarefas domésticas) e exemplos de trabalhos infantis.
Por fim, foi realizada a “Oficina de Contação de histórias”, abordando o tema e utilizando-se de recursos lúdicos e visuais para identificarem o que é considerado trabalho infantil.
“O grande desafio é pensar e colocar em prática que as crianças e adolescentes têm o direito de adolescer e de ser criança, vivenciando tudo aquilo que é compatível a sua idade. Por isso, trabalhar essa temática é de fundamental importância, independente do ciclo da vida. Somente assim poderemos dar passos para o rompimento de paradigmas que interrompem o ciclo natural do desenvolvimento humano”, avalia Natália Martins Montalvão Real, psicóloga do Crescer.
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